Sacar um crédito, investir seu dinheiro, guardar economias de forma segura, transferir valores, comprar e vender ativos. Todas são ações que muitas pessoas realizam diariamente dentro do sistema financeiro tradicional. No entanto, nesse caminho surgem certas limitações que, longe de melhorar nossa experiência, a tornam mais rígida e condicionada: operar apenas em determinados dias e horários, atrasos em transações por processos manuais, requisitos elevados para acessar serviços, contratos com “letras miúdas” que quase nunca favorecem o usuário, uso não ético de nossos dados pessoais, e muito mais.
Esses são problemas enfrentados por quem já está dentro do sistema. Mas o que acontece com os milhões que nem sequer conseguem acessá-lo? Trabalhadores informais, pessoas sem garantias ou rede de apoio, burocracias excessivas, falta de educação financeira, vidas afastadas dos centros urbanos, problemas de conectividade.
Em síntese, o sistema financeiro tradicional gera dois tipos de exclusão: a de quem está dentro, mas sob regras desvantajosas, e a de quem simplesmente fica de fora.
O Ethereum abre alternativas para ambos os casos.
As finanças descentralizadas (DeFi) encontram sua primeira semente no Bitcoin. Ter um dinheiro digital que funciona 24/7 já foi um grande avanço: enviar e receber pagamentos sem depender de horários nem de bancos.
A chegada do Ethereum ampliou essas possibilidades. Com os contratos inteligentes (smart contracts) é possível desenhar produtos financeiros programáveis, tão diversos quanto a criatividade de quem os desenvolve.
Um smart contract é um programa que não vive em um computador central, mas roda em uma rede descentralizada de nós. Uma vez implantado, funciona de forma autônoma. Assim, em Ethereum, com código, é possível estabelecer que, quando ocorrer certa condição, por exemplo, o cumprimento de um prazo, um valor seja transferido automaticamente de uma conta para outra. Uma vez que isso está escrito no contrato, vai acontecer. Não é preciso que um funcionário nem um agente assine papéis. É software, é código… e na blockchain o código se executa exatamente como foi programado.
Daí nasce a ideia de dinheiro programável e, com ela, múltiplos usos que transformam como entendemos as finanças. A partir disso, surgem dezenas de formas de aproveitar a tecnologia. Algumas ficaram pelo caminho, outras se consolidaram e muitas novas continuarão aparecendo.
O importante é que cada vez mais pessoas podem, através do Ethereum, melhorar sua situação financeira, acessar mais liberdade e desfrutar de maior privacidade.
Para participar do DeFi não é preciso pedir permissão nem reunir extensas documentações ou referências. Basta ter uma carteira de criptomoedas e conexão à internet. De forma instantânea, você pode enviar e receber dinheiro de qualquer parte do mundo sem que ninguém possa impedir. Mas isso é apenas o ponto de partida: sobre essa base surgem muitas outras formas, graças às possibilidades dos contratos inteligentes.
Participar do DeFi não requer pedir permissão nem apresentar montanhas de papéis. Basta ter uma carteira e conexão à internet. A partir daí se abre um leque de possibilidades:
Opções mais comuns
Como vemos, as formas que as finanças descentralizadas adotam são múltiplas e diversas. O que foi apresentado aqui é apenas uma amostra das maneiras em que se pode investir ou gerar rendimentos em Ethereum. O mais notável é que as possibilidades são praticamente ilimitadas. Ethereum é permissionless: não é preciso pedir autorização a ninguém para criar ou usar um protocolo. Se alguém imagina uma nova forma de fazer render o dinheiro na blockchain e conta com os meios técnicos, pode levá-la adiante. Você imagina algo assim no sistema financeiro tradicional? Bastante improvável.
Até agora vimos vantagens e oportunidades das finanças descentralizadas. Mas também é importante falar dos riscos, que são muito reais.
Em primeiro lugar, ao operar em DeFi movemos dinheiro através de dispositivos conectados à internet. Isso abre a porta a vírus, hackeios ou golpes baseados em engenharia social (como phishing). Além disso, os contratos inteligentes com os quais interagimos podem ter falhas ou vulnerabilidades: nem todos são igualmente seguros. Por isso, a reputação de um protocolo importa muito, embora até mesmo os projetos mais reconhecidos não estejam livres de risco em 100%.
A isso se soma a natureza dos criptoativos: seu preço costuma ser altamente volátil. Investir sem ser consciente disso pode resultar em perdas significativas.
As Finanças Descentralizadas já não são uma promessa, são um sistema em funcionamento onde circulam dezenas de bilhões de dólares todos os dias.
Esses números refletem a magnitude da infraestrutura que já existe: protocolos abertos e auditáveis que hoje movimentam mais capital que muitos bancos tradicionais de países inteiros.
Desde a Eth Kipu nos orgulhamos de formar centenas de desenvolvedores de solidity. Eles saem de nossos cursos com os conhecimentos necessários para começar a trabalhar nas diferentes aplicações descentralizadas de DeFi, assim como em muitas outras áreas do Ethereum. Da mesma forma, buscamos com nossa ação educativa permanente em redes sociais e cursos introdutórios que cada vez mais usuários possam começar a desfrutar dos benefícios dessa tecnologia.
Mais informações sobre DeFi em https://ethereum.org/pt/defi/
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